quinta-feira, 8 de março de 2012

PROVÉRBIOS E A VIDA

Amigo(a) leitor(a),
Eu acredito que ao menos uma vez na vida você tenha se deparado com o provérbio tibetano que diz: “Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida”.
Pode não parecer, mas é muito profundo o que esse provérbio transmite, pois ele resume em poucas palavras uma enormidade de sentimentos, sensações, ações e reações que podem ser provocadas ou evitadas pelos seres humanos.
A flecha que pode ser lançada para provocar o início de uma guerra poderia ter sido evitada e a paz continuaria.
A flecha que foi lançada para afastar um animal que devoraria uma criança poderia ter sido evitada e a dor se abateria sobre uma família.
As palavras tantas desse Mundo inteiro, grande, hoje de poucas fronteiras. Elas já comunicaram, avisaram, ensinaram, repreenderam, juraram, mentiram, ajudaram, feriram, amaram e odiaram. Uma vez disparadas, cumpriram seu papel.
Outro provérbio, agora chinês, diz: “A língua resiste porque é mole, já os dentes cedem por serem duros”.
E as oportunidades? Oportunidade de ser ou de não ser. De estar ou não estar. De ir ou de voltar. Quantas você agarrou? Quantas você perdeu?
Quando o que se perde é o dinheiro, perde-se pouco. Quando perdemos a saúde, perdemos muito. Quando perdemos o caráter, os valores, a alma e a alegria, perdemos tudo.
Muito usam essa mágoa da tristeza da oportunidade perdida como um local de descanso, uma poltrona onde permanecem sentados, esperando que o filme que assistiram a vida toda, no mesmo canal, um dia tenha outro final, no qual não sejam a vítima de sempre. Se você quiser usar essa mágoa como um móvel útil, utilize-a então como um trampolim, como diria Harold MacMillan, projetando-se à frente e em busca de novos caminhos e desafios.
Pensar que a vida pune ou que o Criador castiga é coisa para conformados e derrotados. A vida não oferece prêmios ou castigos, mas sim, consequências.
Na juventude, têm-se a falta impressão de que outras oportunidades sempre surgirão e que ainda há muito tempo para tudo. Já ouvi muita gente dizer que abriu mão do sonho ou perdeu oportunidades, mas que isso aconteceu por serem jovens, imaturos, complementando com um “Ah, se fosse hoje!”. O que faltou no ontem? Talvez, faltou perceber que a vida passa muito depressa. E quando falta pouco para a jornada acabar, não há muito para onde correr e as respostas e as decisões se fazem muito mais urgentes.
Se você, assim como eu, aproveitou ou perdeu oportunidades, se disparou ou evitou palavras e flechas, seja onde e como for, é importante sempre cuidarmos da nossa paciência, principalmente em momentos de raiva. Um segundo dessa reflexiva paciência poderá nos proporcionar dias, meses e anos de paz ou não.
Aproveito para encerrar com um terceiro provérbio, agora o indiano: “Quando falares cuida para que suas palavras sejam melhores do que o silêncio”.

“Viver é a coisa mais rara do mundo.
A maioria das pessoas apenas existe”
(Oscar Wilde)


Abraços, saúde e sucesso!

FÁBIO R. LAIS 

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