quinta-feira, 15 de março de 2012

A BOLA DE TÊNIS, O EQUILIBRISTA E O CEGO

Amigo(a) leitor(a),
Eu acredito e afirmo em todos os ambitos do meu trabalho que entre todos os tempos, é o Presente o mais importante. Não temos domínio sobre o que já passou e apenas planejamos ou prospectamos como será o futuro. Só é possível termos absoluto controle e atuação efetiva no momento presente.
Se você olhar para o melhor tenista do mundo durante uma partida, ficará encantado com seus movimentos, agilidade e precisão. Mas imagine se esse jogador, ao invés de olhar atentamente para a bolinha a cada fagulha de tempo, desviasse seu olhar para o placar, para a reação da torcida ou para a formação de nuvens sobre a quadra. Seria impossível vencer. Seria massacrado e possivelmente, até atingido violentamente pela bola. Isso é foco total no Presente. Foco total no que se está fazendo!
Isso é uma lição que devemos aprender e aplicar em muitos momentos da vida.
Já ouvi muita gente dizendo que só é possível ganhar dinheiro de verdade quando você não trabalha apenas por ele. Quando você faz seu trabalho com total empenho, dedicação, competência e amor, o resultado aparecerá naturalmente. Quando você trabalha e constantemente para conferir o “placar”, corre o risco de desanimar e desistir, entregar os pontos.
Você já deve ter visto que um artista de rua que trabalha nas calçadas ou nas esquinas, fazendo arte, pulando e equilibrando em troca de moedas, muitas vezes vai deixando o semblante do rosto caído ou ver pouca gente depositando no “chapéu” ou então que está apenas com moedas de pequeno valor.
Outro artista de rua, cego, canta, flauteia, dedilha uma viola e ao não poder ver o descaso de muitos que passam por ele ou o depósito de apenas pequenas moedas, vibra ao ouvir o tilintar das mesmas e imagina que seu trabalho está sendo muito apreciado e sorri. Sorri cada vez mais! Inspira-se cada vez mais e faz seu trabalho com maestria e entusiasmo durante toda a jornada. No final, será recompensado. Trabalhou feliz por mais tempo e tirou o seu sustento para mais aquele dia.
Manteve o foco na sua arte, desenvolveu seu trabalho com amor enquanto apreciava a sensação de estar agradando todos os que por ele passavam.
Será que o outro, desanimado, permaneceu merecendo aplausos e gorjetas?
Há momentos na vida, em que temos a sensação de que estão depositando poucas moedas graúdas em nosso “chapéu”. Mas como tudo na vida, sempre podemos e devemos fazer escolhas.
Você pode agir como o equilibrista e desanimar. Seu semblante mostrará sua frustração e cada vez menos fará sua arte brilhar. Cada vez menos moedas cairão. Cada vez menos gente vai olhar para você.
Mas você também pode escolher ser o musico que não vê, apenas segue cantando e tocando. Sempre ouvindo passos, saudações e moedas (grandes ou pequenas, não importa!) tilintando e satisfazendo suas reais necessidades.
Não perca tempo olhando para o placar!
Não demore olhando no retrovisor!
Não desanime com as primeiras moedas pequenas!
Foco no que faz!
Amor no que faz!
Olho na bolinha, sempre!
Segue tocando e cantando!
Abraços, saúde e sucesso!

FÁBIO R. LAIS 

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, tô de volta, passando por aqui para te cumprimentar pelos 3 últimos textos. Chorei de alegria com 'Olha o bebê ai gente', lindo, cheio de ternura.
O que você escreveu sobre a flecha, a palavra e a oportunidade reflete muito do nosso dia-a-dia. É preciso muito cuidado sempre, realmente a vida passa muito depressa e é doloroso olhar para trás e perceber que não fizemos nada interessante.
Fiquei feliz com seu texto de quinta, realmente quando você planta coisas boas, a colheita é generosa. Parabéns querido, você está escrevendo cada vez melhor. Tenho muito orgulho dos meus três filhos.
Estou lendo Chalita, maravilhoso, veja isso: Você cresceu e não mais me pertence. Sei disso como sei que meu tempo não demora a conhecer o crespúsculo. Já é tarde. Em mim, moram a saudade e a esperança. Em mim mora você, pequenino ou grande. Você! Seu irmão! sua irmã. Vocês!!
Me empolguei né, vou terminar.
Continue sempre no caminho do bem.
Te amo! Um beijo grande!
Maria da Graça Lais