quinta-feira, 29 de março de 2012

A MINHA OPINIÃO SOBRE BULLYNG

Amigo(a) leitor(a),
Quero abordar um assunto que passou a repercutir muito neste início do século XXI. O bullyng.
Se procurarmos esse verbete no Dicionário veremos que ele significa “ato de agressão física ou psicológica”.
Nos tempos atuais, é comum vermos casos onde mães, pais e advogados se reúnem para queixas em escolas ou na Justiça, reclamando o direito dos filhos e solicitando indenizações pelo prejuízo moral que os mesmos poderão sofrer no futuro.
Como diz o comentarista Jorge Kajuru, o que vou expressar aqui é a minha opinião e, você, como sempre, fique sempre com a sua! Se concordarmos ótimo, senão, não será a primeira nem a última discordância de nossas vidas.
Você se recorda do seu tempo de escola? O antigo primário (1ª a 4ª série), o ginásio (5ª a 8ª série) e até os 03 anos de colegial? Pois bem, se você recorda, certamente tem ótimas lembranças, afinal, foram momentos de enormes descobertas, um período de autoafirmação sem a presença dos pais, entre tantas novidades.
Na primeira série, os corredores escuros que ecoavam uma bagunça que ainda não nos era comum. Ela vinha dos veteranos do terceiro ou quarto ano. Veja só, veteranos!
Nos intervalos, quem não tinha amigos ou um irmão mais velho, tinha que ficar de canto, olhando e tentando se ambientar a tanta novidade. Muitas crianças choravam nesse momento, pois se sentiam abandonadas pelos pais. Seria aquilo uma punição, pensavam outras. Num tempo onde não havia muita “humanização” no tratamento, principalmente nas serventes e bedéis que simbolizavam os feitores que nos levariam para o tronco caso fizéssemos algo de errado.
Espero que você já tenha conseguido retornar no seu túnel do tempo e já esteja próximo daquela atmosfera que fez parte da vida de todos nós.
É aí que quero fazer uma pergunta.
Você tinha apelido? Gostava desse apelido?
Você lembra quais eram os apelidos das crianças que estudaram com você?
Os mais comuns eram: rolha de poço, quatro olho, vara de cutucar estrela, dumbo, cabeção, dentuço, dente de cerca, cabelo de bombril, fuminho, kisuco de fumo, leitão, orelhão, cabeça de melão, focinho de porco, ana banana.
Aliás, os nomes provocavam apelidos também. Tenho amigos que até hoje são lembrados por estes apelidos. O Gustavo virou Batavo, o Renato virou Bigato e o Éder virou Panela (esse não foi por conta do nome, mas sim, pelo relógio enorme que usava).
E porque estou falando disto?
Porque nunca, nenhum deles levou o pai, a mãe e muito menos um advogado para a sala de aula.
Antes da virada do século (e vai aumentando conforme formos voltando no tempo), esse tipo de situação só poderia ser resolvida de 03 maneiras:
- a criança levava numa boa,
- a criança não gostava e brigava na saída, ou
- a criança não gostava, mas se conformava.
Onde quero chegar?
Eu acho que o bullyng é um assunto importante e que deve sim ser debatido.
Mas também acho que o excesso que vem sendo cometido em alguns casos, presta um desserviço à criança, ao processo de educação e principalmente, a formação do caráter e a preparação dessa criança para enfrentar a vida.
Os pais precisam cuidar desse assunto com muita atenção, conversando com seus filhos e tentando encontrar caminhos para resolver qualquer tipo de conflitos que eles estejam enfrentando.
Usar um processo de bullyng para tirar vantagens financeiras ou materiais pode custar muito caro para a criança. Isso sim poderá torná-la rejeitada e fazer com que ela acredite que chorando e fazendo-se de vítima, poderá conquistar outros benefícios na vida.
Imagine uma criança que é criada numa redoma, exageradamente mimada por pais que não exitariam processar um professor por gritar com seu filho, quando se torna jovem e chega o momento de entrar numa empresa e lhe são cobrados resultados, metas e desempenho, sem muita educação e polimento por parte do seu supervisor, gerente ou diretor. Será que ele também irá achar que é o caso de processar a empresa?
Amigo(a) leitor(a), a sola de couro de um sapato novo é muito bonita. A vontade que temos é de que ela continue lisa e brilhante para sempre. Mas antes de fazermos o primeiro passeio com o sapato novo, precisamos raspar bastante a sola no chão, estragando um pouco da sua aparência. Mas assim, e só assim, ela se tornará segura e agarrará firme no chão.

Abraços, saúde e sucesso!

FÁBIO R. LAIS

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