quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A JORNADA

Amigo(a) leitor(a),
Passado mais um feriadão, muita gente aproveitou para viajar e passear com a família. Além disso, foram dias onde você teve oportunidades para ter e proporcionar mais qualidade de vida dentro da sua casa, do seu carro ou seja lá onde você se reuniu por algum tempo com seus familiares e amigo.

Partindo daí, pergunto:
Você já percebeu que quando vai viajar, a ida parece ser muito mais longa do que a volta? Isso também ocorre com você ou é só comigo?
E porque isso ocorre?
Nós, seres humanos, somos dotados de muitas características. Uma das principais é a ansiedade.
Nós viajamos ansiosos pelo destino. A viagem parece sempre longa, demorada.
Quando levamos criança no carro isso parece ainda mais evidente, pois é inevitável ouvirmos “Pai, tá chegando?”, “Mãe, falta muito?”. E mesmo com as respostas, passados cinco minutos a molecada começa a perguntar novamente.
Nessa “perna” da viagem, vamos ouvindo música, contando piada, cantando, brincando, fazendo planos para quando chegar o destino, enfim, vamos transbordando ansiedade e interagindo com quem está conosco.
E a volta? É igual? Existe a mesma euforia quando se está a caminho de casa? Quase nunca! A menos que você sofra daquele probleminha que lhe permite usar apenas o banheiro da sua casa e já estiver a dias segurando. Só assim, e olhe lá!
Na volta, vem todo mundo cansado, cochilando, exausto, triste.
E você sabe por que isso acontece?
Porque na volta não há mais a excitação do novo. Não se planeja mais. Não se sonha mais!
Seguindo este raciocínio, faço outra pergunta:
Principalmente para quem é pai e mãe, os nove meses de gestação de uma criança aparentam passar mais rápidos ou mais lentos do que outros nove meses normais?
Sempre ouço que são mais lentos, que não chega nunca a hora do parto. Isso ocorre porque os pais ficam ansiosamente imaginando como será o rostinho, o pezinho, o olhinho, o cabelinho do bebê.
O filme “O guerreiro pacífico” mostra uma cena onde um rapaz que está sendo treinado para utilizar o poder do foco é convidado por seu mestre para escalar uma montanha. Durante três longas horas subindo, vão conversando sobre ensinamentos e a ansiedade do rapaz aumenta a cada passo, querendo muito saber o que irá encontrar no seu destino. Quando chegam ao topo, o mestre lhe apresenta uma pedra que cabe na palma de sua mão. Frustrado, o rapaz questiona se teve que subir até ali para ver uma pedra e o mestre responde que não podia ter falado antes por não ter a certeza de que encontraria aquela pedra no mesmo lugar.
Enfim, acho que podemos ligar todos estes pontos e concluir que tudo na vida é mais ou menos assim: O presente de aniversário, o baile de debutante, a carteira de motorista, a formatura da faculdade, o casamento, a gravidez, o Natal, o Carnaval, o carro novo, os negócios, enfim a vida!
A ansiedade, o planejamento e os sonhos nos tornam eufóricos! Muitas vezes, o antes é mais gostoso do que o durante! Curtimos muito mais os momentos que antecedem o fato.
A jornada! O mais importante na vida é a jornada!
É na jornada que tudo de bom acontece! Os planos, as amizades, as histórias, os encontros, os sonhos, tudo!
A vida é a grande jornada!
E nesta jornada, ainda estamos na ida. Não importa quando chegaremos nem tampouco aonde chegaremos. Precisamos sim é viver com muito entusiasmo também essa jornada. Aproveitar cada momento para planejar e sonhar com o destino que estamos buscando. Repensar sobre o que estamos fazendo e principalmente o que faremos quando atingirmos esses planos e sonhos.
Assim como você aproveita a ida, os nove meses de gestação ou a subida curiosa da montanha, viva entusiasmadamente a jornada da sua vida.

Abraços, saúde e sucesso!

Fábio R. Lais
www.turnoverconsultoria.blogspot.com

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