quinta-feira, 16 de agosto de 2012

REFLEXÕES SOBRE TURNOVER - Parte Final


Amigo(a) leitor(a),
Nesta semana vou concluir a reflexão sobre Turnover e seus reflexos nas organizações. Vimos o que é e quais são os principais fatores para aumento ou diminuição da rotatividade de colaboradores nas empresas.
Para quem não leu os textos anteriores, sugiro que acesse o www.norminha.net.br, o www.administradores.com.br ou aqui mesmo no blog da Turnover Consultoria para acompanharem desde o início este estudo sobre o Turnover e seus impactos nas organizações.

Causou-me grande satisfação compartilhar estas reflexões sobre Turnover. Como disse no primeiro texto, além de ter batizado minha empresa com este nome, este tema também me acompanhou nas bancas de defesa da graduação e da pós-graduação.  Estudei muito sobre esse assunto e sei o quanto é difícil achar material de pesquisa e bibliografias aprofundadas nesta área da Gestão de Pessoas. Por isso, tenho certeza de que este material será útil e provocará discussões e reflexões entre os profissionais de Administração de Empresas, em especial aos Gestores de Pessoas.
Quem está à frente das organizações ou gerindo pessoas, deve atentar ainda mais às equipes que estão liderando. Não é possível guiar uma empresa ao sucesso e à solidificação de seu espaço no mercado, trilhando apenas o caminho do menor custo, menor prazo, melhor entrega e melhor qualidade.
Para chegarmos ao topo, além destes fatores diferenciais, devemos ter principalmente a melhor equipe, formada pelos melhores colaboradores (pessoas), motivados por excelentes líderes, onde todos sejam muito competitivos, muito comprometidos, mas acima disso, satisfeitos, serenos e felizes por trabalharem em uma organização que os valoriza e lhes proporciona segurança.
Muito mais do que o salário, foi possível constatar nas minhas pesquisas que a segurança, sobre todos os aspectos, é a maior riqueza que o colaborador necessita para trabalhar em paz, dando o melhor de si, garantindo o seu esforço na luta diária por bons resultados, comprometendo-se com as metas e objetivos que lhes são transmitidos. A segurança do salário pago no dia correto, de uma boa alimentação e saúde para si e seus dependentes, segurança e higiene no ambiente de trabalho, segurança de não haver “leva e traz” por parte dos profissionais que fazem a ligação entre quem dirige e quem executa o trabalho, enfim, a segurança de estar trabalhando com gente de bem, para gente de bem e plantando um futuro mais seguro para ele e sua família.

Aproveito para responder um e-mail da leitora Denise Favaretto, de Concórdia/SC.
Prezado Sr. Fábio,
Estive lendo alguns artigos publicados em seu blog e parabenizo-o pela riqueza destes artigos!
Gostaria que, se possível comentasse sobre como enfrentar um empregado / colaborador que está aspirando a um cargo de outra organização. Fico no aguardo de seu contato.
Att, Denise Favaretto

Denise,
Obrigado por acompanhar nosso trabalho e pelos comentários! Seja sempre bem vinda!
É uma situação muito difícil!
Quem me acompanha e já conhece um pouco do meu estilo, sabe que eu gosto muito de trabalhar com metáforas, pois acredito que é uma forma muito mais fácil de transferir um pensamento, uma ideia. Repito essa prática nos meus cursos, treinamentos, palestras e aulas.
Neste caso, é como o marido que já se encantou por outra mulher, ou seja, já está seduzido, encantado, sentindo-se mais viril, sonhando e vislumbrando situações. Ele começa a ver somente os defeitos da atual mulher, tem pouca paciência, não valoriza o que ela faz por ele. O corpo físico ainda está ali, mas seus pensamentos, sonhos, metas, objetivos, já estão longe.
Com o colaborador, acontece algo muito similar. Ele já está flertando com outra organização. A partir daí, já começa a imaginar seu dia a dia na nova empresa. Os novos colegas, o novo salário, a nova sala, nova mesa, novos benefícios, novos desafios, enfim, um novo alento.
Assim como no caso do casal, cabe a pergunta: Onde tudo isso começou? O marido é um safado, pois tinha uma mulher espetacular, amorosa, amiga, parceira, entre outras qualidades e a trocou porque não é fiel, não valorizou o que tinha e provavelmente fará isso novamente no futuro, ou foi a mulher que foi se acomodando, perdendo a libido, deixando de se cuidar, ficando relaxada, entre outras coisas.
Na empresa é igual! O colaborador já está sonhando com outra organização porque não é fiel, não valoriza o que o atual emprego lhe oferece e investiu nele ou é a organização que está se descuidando do colaborador, esquecendo de fazer-lhe um carinho, de lhe agradecer por algo bom que tenha feito, está ficando desinteressante, desestimulante.
Respondendo à pergunta: Como enfrentar um colaborador que está aspirando um cargo de outra organização?
Se a sua empresa estava distante desse colaborador, deixando-lhe a desejar, dando-lhe motivos para ir embora, é hora de tentar mostrar o que pode ser feito para corrigir essa situação. Assumir “ausências e falhas” é um ótimo começo. Isso poderá fazer com que ele mesmo, por conta própria, decida ficar.
Mas se a sua empresa é realmente presente em relação às necessidades do colaborador, oferece boas condições de trabalho, pratica políticas construtivas de relacionamento e sabe valorizar o desempenho dos bons colaboradores, eu digo que esse interesse por outra organização é uma situação quase impossível de reverter. Mesmo que haja a reversão, a confiança já não será mais a mesma, nunca mais, não é mesmo?! (rs)


Abraços, saúde e sucesso!

FÁBIO R. LAIS 

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