segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PROJETOS PESSOAIS - Sair ou Ficar na Empresa?


Amigo(a) leitor(a),
Nas quatro semanas anteriores, escrevi sobre turnover. Já vimos o que é e quais são os principais fatores para aumento ou diminuição da rotatividade de colaboradores nas empresas.
Para quem não leu os textos anteriores, sugiro que acesse o Norminha.net.br, o Administradores.com.br ou o blog da Turnover Consultoria para acompanharem desde o início este estudo sobre o Turnover e seus impactos nas organizações.

Hoje, faço uma reflexão sobre como os projetos pessoais podem interferir na decisão do colaborador entre continuar ou sair da empresa.
Neste caso, a saída do colaborador deve-se apenas à vontade do colaborador, independente dos esforços da empresa. Mesmo estando motivado, atuando em um ambiente de trabalho saudável, limpo, seguro e tranquilo em relação ao seu salário e benefícios, ele pode ter planos e sonhos que o afastam de tudo isso. Pode almejar um trabalho diferente do que desempenha na companhia. Pode ter o sonho de possuir o seu próprio negócio ou empreendimento. Uma propriedade rural onde possa ter uma vida mais calma e pacata para si e sua família.
A companhia pode tentar resolver este problema, identificando qual é a intenção do colaborador e buscando (se for do interesse de ambos) uma realocação de função. Pode colocar o colaborador com atividades externas (vendas, visitas técnicas, pós-vendas, manutenção, relações públicas, entre outras), com funções sociais (atuação em ações sociais da empresa, como creche, escola, fundação, entre outros), com menos pressão (saindo da liderança de equipes ou projetos) ou até mesmo transferindo-o para outra unidade, proporcionando uma mudança bastante significativa na rotina do colaborador e sua família.
Caso essas ou outras tentativas não sejam factíveis nem tampouco gerem satisfação mútua, a opção pessoal do colaborador falará mais alto e a empresa deixará de contar com seus préstimos.
Neste e em outros casos de perda de talentos, cabe registrar mais uma vez que o maior impacto para a organização não é material, mas sim, intelectual. Este capital que pode ter sido investido pela empresa em treinamento ou quando do recrutamento e seleção do colaborador, não volta! Inicia-se um novo processo oneroso para preparação de substitutos ou a contratação de profissionais prontos e já experientes, que certamente pedem uma remuneração compativelmente maior.
A autora Maria Diva da Salete Lucena escreveu que “o turnover pode não somente significar investimentos perdidos, desperdiçados, que não retornam à empresa, como pode afetar profundamente o nível de produtividade, a continuidade da empresa e seus resultados”.
É importante frisar que a maior perda em todo o processo de rescisão de contrato é a experiência que o colaborador acumulou durante o tempo de casa e em todos os treinamentos que o mesmo recebeu. O novo colaborador (substituto) vai demandar tempo até chegar ao ponto em que estava o colaborador que saiu.
Atentando-se a tudo isso e seguindo padrões modernos de relacionamento com o colaborador, as organizações poderão alcançar resultados muito bons em relação à diminuição do turnover, ou seja, da rotatividade de profissionais em suas unidades.
O resultado de pesquisas de campo aplicadas aos colaboradores de empresas de portes e ramos diferentes mostra que o grande diferencial das melhores organizações para trabalhar é o cuidado, a valorização e o respeito ao capital humano. Satisfação, nem sempre se conquista com alto salário.


Abraços, saúde e sucesso!


FÁBIO R. LAIS 

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