Você já teve a sensação de que o mundo está ficando “maluco”?
Já perguntou para si próprio em pensamento: “Meu Deus, onde é que isso vai parar?!”
Pois é, se você se enquadra nestas expressões, fique tranqüilo! Você está no lugar certo! Esse é o mundo em que vivemos!
Numa quarta-feira (20/07/11) em que foram manchetes as seguintes notícias: “cachorro morde tubarão na Costa da Austrália”, “Vento reverte fluxo de cachoeira na Austrália” (dá-lhe Austrália!) e “Jovem de 22 anos surpreende com terceiro mamilo no pé”, eu não consegui deixar de seguir por este caminho.
Quando eu era garoto, tocava nas rádios uma música que dizia “tá todo mundo loco, oba”. É do seu tempo? Muito bem! Essa música poderia tocar hoje... Agora! Estaria totalmente atualizada.
E o futuro? Será que melhora ou piora?
Depende muito de nós: pais, avós, tios e educadores.
Vamos refletir um pouco.
As crianças nos mostram escancaradamente como será o futuro e nós precisamos fazer algumas análises e principalmente, tomar alguns cuidados e/ou talvez, algumas providências.
Estamos no período de férias escolares e neste momento eu sempre me lembro das minhas férias escolares. Aquelas antigas, que duravam uma eternidade e que nos deixavam com uma saudade enorme dos colegas. Neste período a escola ganhava nova pintura, as árvores eram cortadas e a gente ficava morrendo de vontade de reencontrar os amigos que moravam distante da nossa casa. Eles sempre tinham boas histórias para contar!
Hoje, as férias são tão passageiras... Se não bastasse só isso, as crianças continuam se vendo praticamente o dia todo, via MSN, Facebook, Orkut, Twitter, Skype, SMS, entre outros.
As crianças nos mostram escancaradamente todos os dias para onde a humanidade está caminhando. Isso nos provoca uma miscelânea de sentimentos, tais como, euforia, curiosidade, medo, excitação, esperança, solidão, enfim...
Vemos a tecnologia cada vez mais ao alcance e sob domínio dos jovens, que são capazes de criarem soluções e cura para o bem da humanidade.
Vemos a introversão cada vez mais presente numa criança que é genial, craque, conquistador, inteligente, mirabolante, namorador, e “o cara” nos teclados e ferramentas virtuais, porém, um tímido “borra botas” em contatos e relacionamentos presenciais.
As crianças não se contentam mais com um único brinquedo para passar uma tarde, ou simplesmente o desafio onde os meninos tinham que fazer só gol de cabeça ou as meninas tinham que pular elástico (lembra?). Eles querem um jogo eletrônico novo a cada 5 minutos.
A duração de uma aula comum, que gira em torno de 50 minutos, foi adotada no início do século passado, levando-se em conta estudos que diziam que esse era o tempo em que uma criança conseguia ficar atenta ao mesmo assunto.
Esses mesmos estudos refeitos no início dos anos 2000 mostram que este tempo foi reduzido para apenas 6 minutos! Você ficou espantado? Eu também!
Coincidentemente, este é o tempo médio de duração de um bloco ou um desenho de programa infantil. Seria por acaso?
Você se lembra de como era a sua “tarefa” ou “dever de casa”? Era uma luta! E a mãe ainda ficava em cima, corrigindo e dando bronca para que não recebesse um bilhete da professora.
Hoje, a criança faz essa mesma tarefa, sentada no sofá da sala, com o caderno no colo, vendo TV, ouvindo ipod, mandando um torpedo pelo celular, olhando para a tela do notebook para ver se não tem ninguém chamando no MSN, comendo brigadeiro e passando o pé em cima do cachorro. Tudo ao mesmo tempo! É quase que uma compulsão para fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
Eles querem a TV no quarto deles, o computador no quarto deles, vão se isolando e com isso, a família toda vai se isolando. Não comem juntos, não conversam. O(a) filho(a) vai ficando compulsivo e cada vez mais rebelde. É (guardadas as devidas proporções) quase uma droga!
Essa compulsão, se realmente não for controlada, acaba virando uma frustração, ou pior, uma grande ansiedade, que certamente tem condições de evoluir e realmente conduzir este(a) jovem para compensações químicas (se é que você me entende).
Como melhorar isso?
Cuide melhor dos seus filhos! Não mime tanto! Eduque pelo seu exemplo!
Imponha algumas regras e/ou limites. Mesmo que doa em você algumas vezes.
Não pense que dar a ele tudo o que você não teve é realmente um grande presente. Na grande maioria das vezes, isso é falso e você se arrependerá amargamente.
Traga-os mais para perto e proporcione atividades que eles não estão acostumados ou sequer conheceram ainda. Faça uma caminhada com eles, pratique algum esporte, mostre alguma brincadeira ou brinquedo do seu tempo de criança e ENSINE A BRINCAR.
Convoque toda a família para almoçar e jantar na mesma mesa, JUNTOS (mesmo que vendo televisão, mas que seja o mesmo programa). Reassuma o controle-remoto da sua televisão!
E principalmente, cuide da ansiedade dos seus filhos. Ensine-os saber esperar!
No mais, volto ao que já disse em outro texto: Encha seus filhos de beijo e deixe claro que você os ama. Faça isso sempre que possível!
A melhor herança ou presente não são medidos através de dinheiro, barbies, vídeo-games ou viagens. A melhor herança é auxiliá-los na formação do caráter e dá-los a certeza de que são amados.
Cuide bem dos seus filhos!
Eles serão as manchetes do futuro!
Gostou? Escreva para mim! Dê sua opinião, faça seu comentário ou sugira algum tema para nossas próximas conversas.
Abraços, saúde e sucesso!
Fábio R. Lais
www.turnoverconsultoria.blogspot.com
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