Amigo(a) leitor(a),
Nesta
semana vou concluir a reflexão sobre Turnover e seus reflexos nas organizações.
Vimos o que é e quais são os principais fatores para aumento ou diminuição da
rotatividade de colaboradores nas empresas.
Para
quem não leu os textos anteriores, sugiro que acesse o www.norminha.net.br, o www.administradores.com.br
ou aqui mesmo no blog da Turnover Consultoria
para acompanharem desde o início este estudo sobre o Turnover e seus impactos
nas organizações.
Causou-me
grande satisfação compartilhar estas reflexões sobre Turnover. Como disse no
primeiro texto, além de ter batizado minha empresa com este nome, este tema
também me acompanhou nas bancas de defesa da graduação e da pós-graduação. Estudei muito sobre esse assunto e sei o
quanto é difícil achar material de pesquisa e bibliografias aprofundadas nesta
área da Gestão de Pessoas. Por isso, tenho certeza de que este material será
útil e provocará discussões e reflexões entre os profissionais de Administração
de Empresas, em especial aos Gestores de Pessoas.
Quem
está à frente das organizações ou gerindo pessoas, deve atentar ainda mais às
equipes que estão liderando. Não é possível guiar uma empresa ao sucesso e à
solidificação de seu espaço no mercado, trilhando apenas o caminho do menor
custo, menor prazo, melhor entrega e melhor qualidade.
Para
chegarmos ao topo, além destes fatores diferenciais, devemos ter principalmente
a melhor equipe, formada pelos melhores colaboradores (pessoas), motivados por
excelentes líderes, onde todos sejam muito competitivos, muito comprometidos,
mas acima disso, satisfeitos, serenos e felizes por trabalharem em uma
organização que os valoriza e lhes proporciona segurança.
Muito
mais do que o salário, foi possível constatar nas minhas pesquisas que a
segurança, sobre todos os aspectos, é a maior riqueza que o colaborador
necessita para trabalhar em paz, dando o melhor de si, garantindo o seu esforço
na luta diária por bons resultados, comprometendo-se com as metas e objetivos
que lhes são transmitidos. A segurança do salário pago no dia correto, de uma
boa alimentação e saúde para si e seus dependentes, segurança e higiene no
ambiente de trabalho, segurança de não haver “leva e traz” por parte dos
profissionais que fazem a ligação entre quem dirige e quem executa o trabalho, enfim,
a segurança de estar trabalhando com gente de bem, para gente de bem e
plantando um futuro mais seguro para ele e sua família.
Aproveito para responder um e-mail da
leitora Denise Favaretto, de Concórdia/SC.
Prezado
Sr. Fábio,
Estive
lendo alguns artigos publicados em seu blog e parabenizo-o pela riqueza destes artigos!
Gostaria
que, se possível comentasse sobre como enfrentar um empregado / colaborador que
está aspirando a um cargo de outra organização. Fico no aguardo de seu contato.
Att, Denise
Favaretto
Denise,
Obrigado por acompanhar nosso trabalho e
pelos comentários! Seja sempre bem vinda!
É
uma situação muito difícil!
Quem
me acompanha e já conhece um pouco do meu estilo, sabe que eu gosto muito de
trabalhar com metáforas, pois acredito que é uma forma muito mais fácil de
transferir um pensamento, uma ideia. Repito essa prática nos meus cursos,
treinamentos, palestras e aulas.
Neste
caso, é como o marido que já se encantou por outra mulher, ou seja, já está
seduzido, encantado, sentindo-se mais viril, sonhando e vislumbrando situações.
Ele começa a ver somente os defeitos da atual mulher, tem pouca paciência, não
valoriza o que ela faz por ele. O corpo físico ainda está ali, mas seus
pensamentos, sonhos, metas, objetivos, já estão longe.
Com
o colaborador, acontece algo muito similar. Ele já está flertando com outra
organização. A partir daí, já começa a imaginar seu dia a dia na nova empresa.
Os novos colegas, o novo salário, a nova sala, nova mesa, novos benefícios,
novos desafios, enfim, um novo alento.
Assim
como no caso do casal, cabe a pergunta: Onde tudo isso começou? O marido é um
safado, pois tinha uma mulher espetacular, amorosa, amiga, parceira, entre
outras qualidades e a trocou porque não é fiel, não valorizou o que tinha e
provavelmente fará isso novamente no futuro, ou foi a mulher que foi se
acomodando, perdendo a libido, deixando de se cuidar, ficando relaxada, entre
outras coisas.
Na
empresa é igual! O colaborador já está sonhando com outra organização porque
não é fiel, não valoriza o que o atual emprego lhe oferece e investiu nele ou é
a organização que está se descuidando do colaborador, esquecendo de fazer-lhe
um carinho, de lhe agradecer por algo bom que tenha feito, está ficando
desinteressante, desestimulante.
Respondendo
à pergunta: Como enfrentar um colaborador que está aspirando um cargo de outra
organização?
Se a
sua empresa estava distante desse colaborador, deixando-lhe a desejar, dando-lhe
motivos para ir embora, é hora de tentar mostrar o que pode ser feito para
corrigir essa situação. Assumir “ausências e falhas” é um ótimo começo. Isso
poderá fazer com que ele mesmo, por conta própria, decida ficar.
Mas
se a sua empresa é realmente presente em relação às necessidades do
colaborador, oferece boas condições de trabalho, pratica políticas construtivas
de relacionamento e sabe valorizar o desempenho dos bons colaboradores, eu digo
que esse interesse por outra organização é uma situação quase impossível de reverter.
Mesmo que haja a reversão, a confiança já não será mais a mesma, nunca mais, não
é mesmo?! (rs)
Abraços, saúde e sucesso!
FÁBIO R. LAIS
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