Dando continuidade ao assunto das 03 semanas anteriores, vamos ver outro fator que pode incidir no aumento da rotatividade de colaboradores nas empresas.
Para
quem não leu os textos anteriores, sugiro que acessem o Norminha.net.br ou o Administradores.com.br para acompanharem desde o início este estudo sobre o Turnover e seus impactos
nas organizações.
Vamos
lá!
Bons
especialistas valem ouro no mercado e a empresa que não souber como retê-los,
os perderá rapidamente para a concorrência.
O
bem-estar dos profissionais é um fator que conta muito na hora deles avaliarem
uma nova proposta. Nem sempre uma proposta financeiramente melhor será o fator
decisivo para que um profissional troque a companhia em que trabalha. Mas
certamente, o ambiente e os benefícios terão maior peso na hora da decisão,
mesmo com um salário inferior ao atual.
Segundo
James Hunter, autor do livro “O monge e o executivo”, as pesquisas feitas neste
país durante décadas sobre o que as pessoas mais esperam de suas organizações
mostraram sempre o dinheiro no quarto ou quinto lugar da lista. O tratamento
digno e respeitoso, a capacidade de contribuir para o sucesso da organização, o
sentimento de participação sempre aparecem acima do dinheiro. Infelizmente, a
maioria dos líderes optou por não acreditarem nas pesquisas.
Para
o concorrente, atrair um profissional já treinado, experiente e ambientado com
o mercado e a função que exerce, pode ser um ótimo negócio, haja vista que
deixa de ter despesas com recrutamento, seleção e treinamento de um colaborador
menos preparado. Um profissional já qualificado, mesmo custando mais caro para
a companhia, representa economia para o centro de custos do RH da empresa (com
seleção e treinamento) e resultados praticamente imediatos para o departamento
em que irá atuar. A intenção é que a relação custo x benefício (em curto prazo)
seja compensatória.
Deve-se
pensar a gestão de pessoas de maneira estratégica, pois empresa que sabe mapear
e capacitar talentos, tem maiores chances de prosperar.
Ainda
assim, sabe-se que evitar a retenção total de talentos e até mesmo a
rotatividade de colaboradores nas empresas, ainda é impossível.
Muitas
vezes, por mais que as empresas concedam excelente condição de trabalho aos
seus colaboradores, ainda assim eles acabam saindo da organização por motivos
diversos.
Cabe
aos empregadores, valorizar cada vez mais as entrevistas de desligamento, tanto
no caso das demissões voluntárias ou involuntárias, de modo que seja possível
detectar as causas mais frequentes e preocupantes.
Para
o autor Idalberto Chiavenato, a entrevista de desligamento constitui um dos
meios principais de controlar e medir os resultados da política de recursos
humanos desenvolvidos pela organização. Costuma ser o principal meio de
diagnosticar e determinar as causas da rotatividade de pessoal.
Uma
grande iniciativa das organizações na tentativa de reter colaboradores e, principalmente,
os talentos, está na implementação de planos de benefícios. A respeito disso, Chiavenato
diz que os benefícios procuram trazer vantagens, tanto à organização quanto ao
empregado.
Para a organização
|
Para o colaborador
|
- eleva o moral dos empregados;
- reduz a rotatividade e o
absenteísmo;
- eleva a lealdade do empregado
para com a empresa;
- aumenta o bem estar do
empregado;
- facilita o recrutamento e
retenção do pessoal;
- aumenta a produtividade e
diminui o custo unitário do trabalho;
- demonstra as diretrizes e os
propósitos da empresa para com os empregados;
- reduz distúrbios e queixas;
-promove relações publica com a
comunidade;
|
- oferece conveniências não
avaliadas em dinheiro;
- oferece assistência na solução
de problemas pessoais;
- aumenta a satisfação no
trabalho;
- contribui para o bem estar e
desenvolvimento pessoal individual;
- oferece meios de melhor
relacionamento social entre os empregados;
- reduz sentimentos de
insegurança;
- oferece oportunidades de
status social;
- oferece compensação extra;
- melhoras as relações com a
empresa;
- reduz as causas de
insatisfação;
|
Na
próxima semana, falaremos sobre a influência dos projetos pessoais na hora da
decisão entre ficar ou mudar de emprego/empresa.
Abraços, saúde e sucesso!
FÁBIO R. LAIS
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