segunda-feira, 27 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
REFLEXÕES SOBRE TURNOVER - Parte Final
Amigo(a) leitor(a),
Nesta
semana vou concluir a reflexão sobre Turnover e seus reflexos nas organizações.
Vimos o que é e quais são os principais fatores para aumento ou diminuição da
rotatividade de colaboradores nas empresas.
Para
quem não leu os textos anteriores, sugiro que acesse o www.norminha.net.br, o www.administradores.com.br
ou aqui mesmo no blog da Turnover Consultoria
para acompanharem desde o início este estudo sobre o Turnover e seus impactos
nas organizações.
Causou-me
grande satisfação compartilhar estas reflexões sobre Turnover. Como disse no
primeiro texto, além de ter batizado minha empresa com este nome, este tema
também me acompanhou nas bancas de defesa da graduação e da pós-graduação. Estudei muito sobre esse assunto e sei o
quanto é difícil achar material de pesquisa e bibliografias aprofundadas nesta
área da Gestão de Pessoas. Por isso, tenho certeza de que este material será
útil e provocará discussões e reflexões entre os profissionais de Administração
de Empresas, em especial aos Gestores de Pessoas.
Quem
está à frente das organizações ou gerindo pessoas, deve atentar ainda mais às
equipes que estão liderando. Não é possível guiar uma empresa ao sucesso e à
solidificação de seu espaço no mercado, trilhando apenas o caminho do menor
custo, menor prazo, melhor entrega e melhor qualidade.
Para
chegarmos ao topo, além destes fatores diferenciais, devemos ter principalmente
a melhor equipe, formada pelos melhores colaboradores (pessoas), motivados por
excelentes líderes, onde todos sejam muito competitivos, muito comprometidos,
mas acima disso, satisfeitos, serenos e felizes por trabalharem em uma
organização que os valoriza e lhes proporciona segurança.
Muito
mais do que o salário, foi possível constatar nas minhas pesquisas que a
segurança, sobre todos os aspectos, é a maior riqueza que o colaborador
necessita para trabalhar em paz, dando o melhor de si, garantindo o seu esforço
na luta diária por bons resultados, comprometendo-se com as metas e objetivos
que lhes são transmitidos. A segurança do salário pago no dia correto, de uma
boa alimentação e saúde para si e seus dependentes, segurança e higiene no
ambiente de trabalho, segurança de não haver “leva e traz” por parte dos
profissionais que fazem a ligação entre quem dirige e quem executa o trabalho, enfim,
a segurança de estar trabalhando com gente de bem, para gente de bem e
plantando um futuro mais seguro para ele e sua família.
Aproveito para responder um e-mail da
leitora Denise Favaretto, de Concórdia/SC.
Prezado
Sr. Fábio,
Estive
lendo alguns artigos publicados em seu blog e parabenizo-o pela riqueza destes artigos!
Gostaria
que, se possível comentasse sobre como enfrentar um empregado / colaborador que
está aspirando a um cargo de outra organização. Fico no aguardo de seu contato.
Att, Denise
Favaretto
Denise,
Obrigado por acompanhar nosso trabalho e
pelos comentários! Seja sempre bem vinda!
É
uma situação muito difícil!
Quem
me acompanha e já conhece um pouco do meu estilo, sabe que eu gosto muito de
trabalhar com metáforas, pois acredito que é uma forma muito mais fácil de
transferir um pensamento, uma ideia. Repito essa prática nos meus cursos,
treinamentos, palestras e aulas.
Neste
caso, é como o marido que já se encantou por outra mulher, ou seja, já está
seduzido, encantado, sentindo-se mais viril, sonhando e vislumbrando situações.
Ele começa a ver somente os defeitos da atual mulher, tem pouca paciência, não
valoriza o que ela faz por ele. O corpo físico ainda está ali, mas seus
pensamentos, sonhos, metas, objetivos, já estão longe.
Com
o colaborador, acontece algo muito similar. Ele já está flertando com outra
organização. A partir daí, já começa a imaginar seu dia a dia na nova empresa.
Os novos colegas, o novo salário, a nova sala, nova mesa, novos benefícios,
novos desafios, enfim, um novo alento.
Assim
como no caso do casal, cabe a pergunta: Onde tudo isso começou? O marido é um
safado, pois tinha uma mulher espetacular, amorosa, amiga, parceira, entre
outras qualidades e a trocou porque não é fiel, não valorizou o que tinha e
provavelmente fará isso novamente no futuro, ou foi a mulher que foi se
acomodando, perdendo a libido, deixando de se cuidar, ficando relaxada, entre
outras coisas.
Na
empresa é igual! O colaborador já está sonhando com outra organização porque
não é fiel, não valoriza o que o atual emprego lhe oferece e investiu nele ou é
a organização que está se descuidando do colaborador, esquecendo de fazer-lhe
um carinho, de lhe agradecer por algo bom que tenha feito, está ficando
desinteressante, desestimulante.
Respondendo
à pergunta: Como enfrentar um colaborador que está aspirando um cargo de outra
organização?
Se a
sua empresa estava distante desse colaborador, deixando-lhe a desejar, dando-lhe
motivos para ir embora, é hora de tentar mostrar o que pode ser feito para
corrigir essa situação. Assumir “ausências e falhas” é um ótimo começo. Isso
poderá fazer com que ele mesmo, por conta própria, decida ficar.
Mas
se a sua empresa é realmente presente em relação às necessidades do
colaborador, oferece boas condições de trabalho, pratica políticas construtivas
de relacionamento e sabe valorizar o desempenho dos bons colaboradores, eu digo
que esse interesse por outra organização é uma situação quase impossível de reverter.
Mesmo que haja a reversão, a confiança já não será mais a mesma, nunca mais, não
é mesmo?! (rs)
Abraços, saúde e sucesso!
FÁBIO R. LAIS
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
PROJETOS PESSOAIS - Sair ou Ficar na Empresa?
Amigo(a) leitor(a),
Nas quatro
semanas anteriores, escrevi sobre turnover. Já vimos o que é e quais são os
principais fatores para aumento ou diminuição da rotatividade de colaboradores
nas empresas.
Para
quem não leu os textos anteriores, sugiro que acesse o Norminha.net.br, o Administradores.com.br
ou o blog da Turnover Consultoria
para acompanharem desde o início este estudo sobre o Turnover e seus impactos
nas organizações.
Hoje,
faço uma reflexão sobre como os projetos pessoais podem interferir na decisão
do colaborador entre continuar ou sair da empresa.
Neste
caso, a saída do colaborador deve-se apenas à vontade do colaborador,
independente dos esforços da empresa. Mesmo estando motivado, atuando em um
ambiente de trabalho saudável, limpo, seguro e tranquilo em relação ao seu
salário e benefícios, ele pode ter planos e sonhos que o afastam de tudo isso.
Pode almejar um trabalho diferente do que desempenha na companhia. Pode ter o
sonho de possuir o seu próprio negócio ou empreendimento. Uma propriedade rural
onde possa ter uma vida mais calma e pacata para si e sua família.
A
companhia pode tentar resolver este problema, identificando qual é a intenção
do colaborador e buscando (se for do interesse de ambos) uma realocação de
função. Pode colocar o colaborador com atividades externas (vendas, visitas
técnicas, pós-vendas, manutenção, relações públicas, entre outras), com funções
sociais (atuação em ações sociais da empresa, como creche, escola, fundação,
entre outros), com menos pressão (saindo da liderança de equipes ou projetos)
ou até mesmo transferindo-o para outra unidade, proporcionando uma mudança bastante
significativa na rotina do colaborador e sua família.
Caso
essas ou outras tentativas não sejam factíveis nem tampouco gerem satisfação
mútua, a opção pessoal do colaborador falará mais alto e a empresa deixará de
contar com seus préstimos.
Neste
e em outros casos de perda de talentos, cabe registrar mais uma vez que o maior
impacto para a organização não é material, mas sim, intelectual. Este capital
que pode ter sido investido pela empresa em treinamento ou quando do
recrutamento e seleção do colaborador, não volta! Inicia-se um novo processo
oneroso para preparação de substitutos ou a contratação de profissionais
prontos e já experientes, que certamente pedem uma remuneração compativelmente
maior.
A
autora Maria Diva da Salete Lucena escreveu que “o turnover pode não somente
significar investimentos perdidos, desperdiçados, que não retornam à empresa,
como pode afetar profundamente o nível de produtividade, a continuidade da
empresa e seus resultados”.
É
importante frisar que a maior perda em todo o processo de rescisão de contrato
é a experiência que o colaborador acumulou durante o tempo de casa e em todos
os treinamentos que o mesmo recebeu. O novo colaborador (substituto) vai
demandar tempo até chegar ao ponto em que estava o colaborador que saiu.
Atentando-se
a tudo isso e seguindo padrões modernos de relacionamento com o colaborador, as
organizações poderão alcançar resultados muito bons em relação à diminuição do
turnover, ou seja, da rotatividade de profissionais em suas unidades.
O
resultado de pesquisas de campo aplicadas aos colaboradores de empresas de
portes e ramos diferentes mostra que o grande diferencial das melhores
organizações para trabalhar é o cuidado, a valorização e o respeito ao capital
humano. Satisfação, nem sempre se conquista com alto salário.
Abraços, saúde e sucesso!
FÁBIO R. LAIS
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
FLERTE DA CONCORRÊNCIA E A IMPORTÂNCIA DA RETENÇÃO DE TALENTOS.
Amigo(a) leitor(a),
Dando continuidade ao assunto das 03 semanas anteriores, vamos ver outro fator que pode incidir no aumento da rotatividade de colaboradores nas empresas.
Dando continuidade ao assunto das 03 semanas anteriores, vamos ver outro fator que pode incidir no aumento da rotatividade de colaboradores nas empresas.
Para
quem não leu os textos anteriores, sugiro que acessem o Norminha.net.br ou o Administradores.com.br para acompanharem desde o início este estudo sobre o Turnover e seus impactos
nas organizações.
Vamos
lá!
Bons
especialistas valem ouro no mercado e a empresa que não souber como retê-los,
os perderá rapidamente para a concorrência.
O
bem-estar dos profissionais é um fator que conta muito na hora deles avaliarem
uma nova proposta. Nem sempre uma proposta financeiramente melhor será o fator
decisivo para que um profissional troque a companhia em que trabalha. Mas
certamente, o ambiente e os benefícios terão maior peso na hora da decisão,
mesmo com um salário inferior ao atual.
Segundo
James Hunter, autor do livro “O monge e o executivo”, as pesquisas feitas neste
país durante décadas sobre o que as pessoas mais esperam de suas organizações
mostraram sempre o dinheiro no quarto ou quinto lugar da lista. O tratamento
digno e respeitoso, a capacidade de contribuir para o sucesso da organização, o
sentimento de participação sempre aparecem acima do dinheiro. Infelizmente, a
maioria dos líderes optou por não acreditarem nas pesquisas.
Para
o concorrente, atrair um profissional já treinado, experiente e ambientado com
o mercado e a função que exerce, pode ser um ótimo negócio, haja vista que
deixa de ter despesas com recrutamento, seleção e treinamento de um colaborador
menos preparado. Um profissional já qualificado, mesmo custando mais caro para
a companhia, representa economia para o centro de custos do RH da empresa (com
seleção e treinamento) e resultados praticamente imediatos para o departamento
em que irá atuar. A intenção é que a relação custo x benefício (em curto prazo)
seja compensatória.
Deve-se
pensar a gestão de pessoas de maneira estratégica, pois empresa que sabe mapear
e capacitar talentos, tem maiores chances de prosperar.
Ainda
assim, sabe-se que evitar a retenção total de talentos e até mesmo a
rotatividade de colaboradores nas empresas, ainda é impossível.
Muitas
vezes, por mais que as empresas concedam excelente condição de trabalho aos
seus colaboradores, ainda assim eles acabam saindo da organização por motivos
diversos.
Cabe
aos empregadores, valorizar cada vez mais as entrevistas de desligamento, tanto
no caso das demissões voluntárias ou involuntárias, de modo que seja possível
detectar as causas mais frequentes e preocupantes.
Para
o autor Idalberto Chiavenato, a entrevista de desligamento constitui um dos
meios principais de controlar e medir os resultados da política de recursos
humanos desenvolvidos pela organização. Costuma ser o principal meio de
diagnosticar e determinar as causas da rotatividade de pessoal.
Uma
grande iniciativa das organizações na tentativa de reter colaboradores e, principalmente,
os talentos, está na implementação de planos de benefícios. A respeito disso, Chiavenato
diz que os benefícios procuram trazer vantagens, tanto à organização quanto ao
empregado.
Para a organização
|
Para o colaborador
|
- eleva o moral dos empregados;
- reduz a rotatividade e o
absenteísmo;
- eleva a lealdade do empregado
para com a empresa;
- aumenta o bem estar do
empregado;
- facilita o recrutamento e
retenção do pessoal;
- aumenta a produtividade e
diminui o custo unitário do trabalho;
- demonstra as diretrizes e os
propósitos da empresa para com os empregados;
- reduz distúrbios e queixas;
-promove relações publica com a
comunidade;
|
- oferece conveniências não
avaliadas em dinheiro;
- oferece assistência na solução
de problemas pessoais;
- aumenta a satisfação no
trabalho;
- contribui para o bem estar e
desenvolvimento pessoal individual;
- oferece meios de melhor
relacionamento social entre os empregados;
- reduz sentimentos de
insegurança;
- oferece oportunidades de
status social;
- oferece compensação extra;
- melhoras as relações com a
empresa;
- reduz as causas de
insatisfação;
|
Na
próxima semana, falaremos sobre a influência dos projetos pessoais na hora da
decisão entre ficar ou mudar de emprego/empresa.
Abraços, saúde e sucesso!
FÁBIO R. LAIS
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