Amigo(a) leitor(a),
Sempre
ouço perguntas sobre a razão do nome da minha empresa, a Turnover Consultoria.
Essa palavrinha sempre vista em jogos de basquete da NBA, futebol americano, lá
significa basicamente roubar a bola e armar um contra-ataque.
Porém,
não vem daí a inspiração do nome, mas sim, do mundo corporativo. Turnover é um
termo, do idioma inglês, utilizado para caracterizar o movimento de entradas e
saídas, admissões e desligamentos (espontâneos ou provocados), de profissionais
empregados de uma empresa, em um determinado período.
O
turnover ocorre em todos os tipos de organização, da maior à menor indústria ou
comércio de produtos ou serviços, desde que detenha colaboradores.
Não
se pode dizer que estamos tratando de um problema localizado em segmentos
específicos, pois a insatisfação do colaborador, aliada a propostas com
melhores atrativos feitas por outras organizações (concorrentes ou não), podem
ocorrer em qualquer mercado e em qualquer nível hierárquico, desde um bom
auxiliar de serviços gerais até um diretor executivo remunerado (exceção apenas
aos diretores sócio proprietários).
COMO DIAGNOSTICAR O TURNOVER?
Um
dos instrumentos mais usados é a pesquisa de clima que é uma forma de conhecer
o nível de satisfação e os fatores de motivação dos empregados. Com esta
ferramenta, aprofunda-se o conhecimento sobre a força de trabalho, mapeando e
propondo soluções sobre os níveis de comprometimento das pessoas, os índices de
confiança e a expectativa de permanência na organização.
De
acordo com autor Ricardo Luz, o clima de uma empresa é bom quando os
funcionários indicam seus conhecidos e parentes para trabalharem nela, quando
sentem orgulho em participar dela. O autor afirma ainda que o baixo turnover
(rotatividade) e o alto tempo de permanência na empresa são bons indicadores
desse clima.
PORQUE ESTAMOS FALANDO DISSO?
A
grande rotatividade de colaboradores em um mesmo cargo ou função dentro das
organizações caracteriza um fenômeno que gera preocupação em gestores de equipes
do mundo todo.
O
atendimento a algumas necessidades básicas e o respeito em relação a algumas
expectativas pessoais (se o ambiente e principalmente as pessoas com as quais
irá relacionar-se, propiciam sensações de bem-estar e segurança) é o que
realmente conta para a fidelização do colaborador e seu verdadeiro
comprometimento.
Empresas
com este perfil, dificilmente perdem seus profissionais para a concorrência, e
isto é extremamente importante no cenário competitivo do mercado.
Num
momento onde cada vez mais, são as pessoas que fazem a diferenças nas empresas,
tendo em vista que a diferença tecnológica é cada vez menor, a exposição no
mercado é aberta a todos através da mídia digital, é fundamental (e porque não
dizer vital) reter talentos e usufruir continuamente de sua capacidade e
comportamento pessoal e profissional.
Algumas
empresas realmente atraem diversos profissionais, ao passo que outras expelem
os talentos.
Diante
disso, indaga-se o que tornaria algumas empresas tão boas e outras tão ruins
para se trabalhar?
IMPACTOS DO TURNOVER
O
impacto do turnover é material e intelectual. Material, pois o capital que é
investido pela empresa em recrutamento, seleção e treinamento do colaborador
não é ressarcido caso ele deixe o quadro de colaboradores. Intelectual, pois
todo o estoque de conhecimento vai embora também com este colaborador. Pior
ainda se ele levar todo o investimento e esse estoque de conhecimento e colocar
à disposição de uma organização concorrente.
A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL HUMANO
É possível
encontrarmos empresas que se equiparam em estrutura, insumos, produtos,
fornecedores, clientes, equipamentos, porém, os resultados operacionais e
financeiros são completamente diferentes. Uma apresenta lucros e a outra,
prejuízos. Cada vez mais, nota-se que o que faz a diferença nas empresas é o
capital humano, ou seja, quem planeja, quem desenvolve, quem executa, quem
audita, quem mantém bons relacionamentos profissionais.
Isso
aumenta o desafio dos Gestores de Pessoas das organizações, que é alinhar o
foco de cada colaborador ao objetivo corporativo. Não podemos esquecer que por
trás da meta das empresas, cada colaborador possui sua meta e sonhos
individuais, pessoais, que aliados ao capital intelectual contribuirão para o
sucesso e atingimento da visão empresarial.
Peter
Drucker afirma que quando se contrata um colaborador, se contrata
integralmente. Mesmo que o maior interesse fosse contratar somente o órgão
necessário (um braço, por exemplo), isso não é possível. A contratação é da
pessoa toda, com suas particularidades, virtudes e defeitos.
Voltando
à inspiração do nome, turnover foi o tema da minha monografia na graduação em
Administração de Empresas. Quando finalizei a pós-graduação em Recursos Humanos
e Psicologia Organizacional defendi novamente este tema em forma de artigo.
Enfim, este estudo faz parte da minha formação acadêmica e profissional.
Futuramente,
estarei propondo outras reflexões sobre este assunto.
Quem
quiser mais informações, tirar dúvidas ou debater sobre o tema, entre em
contato.
Abraços, saúde e sucesso!
FÁBIO R. LAIS
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